O herpes-zóster, ou cobreiro, é uma doença infecciosa causada pelo vírus varicela zóster, que também é responsável pela catapora. O herpes-zóster provoca o aparecimento de bolhas vermelhas na pele, principalmente na região do tórax e da barriga, embora também possa afetar os olhos ou as orelhas.
Embora seja mais comum depois dos 60 anos, o herpes-zóster pode afetar qualquer pessoa que já tenha tido catapora no passado, especialmente quando o sistema imunológico está enfraquecido, devido a doenças autoimunes ou uso de alguns medicamentos.
O tratamento para herpes-zóster é feito com medicamentos antivirais receitados pelo médico, com o objetivo de aliviar os sintomas e promover a cicatrização mais rápido das feridas, diminuindo o risco de transmissão.
Sintomas de herpes-zóster
Os principais sintomas de herpes-zóster são:
- Bolhas e vermelhidão que afetam apenas um lado corpo;
- As bolhas formas um “caminho” e, ao secarem, formam crostas;
- Coceira no local afetado;
- Dor, formigamento ou queimação na região afetada;
- Febre baixa, entre 37 e 38ºC.
Dois a quatro dias antes do aparecimento das lesões na pele, pode haver dor na região. As erupções duram entre 7 a 10 dias e melhoram em aproximadamente 2 a 4 semanas.
Os sintomas de herpes-zóster também podem estar presentes em outras doenças, como impetigo, a dermatite de contato, a dermatite herpetiforme e, também, com a herpes simples, sendo importante consultar o médico para que seja feita uma avaliação.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico do herpes-zóster pode ser feito pelo dermatologista, infectologista ou clínico geral por meio da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa. Além disso, é feita uma observação das feridas na pele, podendo ser também coletada uma pequena amostra da secreção para ser avaliada em laboratório.
Herpes-zóster é contagioso?
O herpes-zóster é uma doença contagiosa, mas apenas para aquelas pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas. Assim, crianças ou outras pessoas que nunca tiveram catapora devem permanecer distantes das pessoas com herpes-zóster e não ter contato com suas roupas, roupas de cama ou toalhas, por exemplo.
Pessoas que já tiveram catapora quando estão em contato com uma pessoa com herpes-zóster estão protegidas e normalmente não desenvolvem a doença, a menos que tenham algum tipo de condição que afete o sistema imune.
Herpes-zóster pode voltar?
A herpes-zóster pode voltar a surgir à qualquer momento em pessoas que já tiveram catapora ou a própria herpes zoster, porque o vírus permanece “latente” no corpo, isto é, inativo por muitos anos. Quando existe uma baixa na imunidade o vírus pode se replicar novamente, provocando herpes-zóster. Fortalecer os sistema imune pode ser uma boa estratégia de prevenção da herpes-zóster. Veja como fortalecer o sistema imune.
Quem tem maior risco
O herpes-zóster apenas surge em pessoas que já tiveram catapora alguma vez na vida. Isto porque o vírus da catapora pode ficar alojado nos nervos do corpo por toda a vida, e em algum período de queda da imunidade, ele pode se reativar na forma mais localizada do nervo.
As pessoas que têm maior risco para desenvolver herpes-zóster são aquelas com:
- Mais de 60 anos;
- Doenças que enfraquecem o sistema imune, como AIDS ou Lúpus;
- Tratamento de quimioterapia;
- Uso prolongado de corticoides.
No entanto, o herpes-zóster também pode surgir em adultos que tenham excesso de estresse ou que estão se recuperando de alguma doença, como pneumonia ou dengue, pois o sistema imunológico está mais fraco.
Possíveis complicações
A complicação mais comum do herpes-zóster é a neuralgia pós-herpética, que é a continuação da dor por várias semanas ou meses após o desaparecimento das bolhas na pele. Essa complicação é mais frequente em pessoas com mais de 60 anos, e é caracterizada por uma dor mais intensa do que no período em que as feridas estão ativas, deixando a pessoa sem capacidade para continuar suas atividades normais.
Outra complicação menos comum se dá quando o vírus atinge o olho, causando inflamação na córnea e problemas de visão, necessitando de acompanhado por um oftalmologista.
Outros problemas mais raros que o herpes-zóster pode causar, a depender do local afetado, são pneumonia, problemas de audição, cegueira ou inflamação no cérebro, por exemplo. Apenas em casos raros, geralmente em pessoas muito idosas, com mais de 80 anos, e com o sistema imunológico muito enfraquecido, em caso de AIDS, leucemia ou tratamento contra o câncer, essa doença pode levar à morte.
Fonte: Tua Saúde.