Por ano, são registrados cerca de 250 mil casos de hepatite no Brasil. A hepatite B é uma das variedades mais letais e contagiosas da doença.
Infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade de Franca, Lucas Macedo explica que, caso não seja diagnosticada e tratada, a hepatite B pode evoluir para problemas renais mais graves como a cirrose hepática e até o câncer.
Sintomas e transmissão da hepatite B
“Os primeiros sinais podem ser muito inespecíficos. Na maioria das vezes, se manifestam como mal-estar, cansaço e falta de apetite. É possível encontrar também a presença de sinais um pouco mais específicos como febre, dor abdominal, náuseas, vômitos, olhos amarelados e urina escura”, comenta Macedo.
As principais formas de transmissão acontecem pelo contato com machucados, mesmo que pequenos, mucosas, sangue, fluidos e secreções infectadas, como sêmen, saliva, secreção vaginal e lágrimas.
“Vias comuns de transmissão incluem da mãe infectada para o bebê durante o parto, inserção de piercings, realização de tatuagens, contato sexual desprotegido, compartilhamento de seringas durante o uso de drogas e exposição ocupacional de profissionais de saúde”, completa o infectologista.
Prevenção e tratamento
O médico reforça que a imunização por meio de vacinação é a estratégia mais efetiva para a prevenção da infecção. Embora o imunizante já seja aplicado há mais de 35 anos, a vacinação para a hepatite B costuma ter baixa adesão porque o esquema é de três doses com longo intervalo de tempo entre uma e outra.
Como estratégias de prevenção, o médico também destaca:
- Tratar os pacientes infectados e interromper as vias de transmissão;
- Evitar contato com mucosas ou secreções de pessoas que estejam com o vírus;
- Realizar pré-natal adequado desde o início da gestação;
- Fazer sexo com o uso de preservativos;
- Evitar o compartilhamento de seringas.
O tratamento é feito após o diagnóstico positivo. “Feita a avaliação, o paciente é inserido no protocolo clínico de diagnóstico e tratamento da hepatite B, oferecido no SUS pelo Ministério da Saúde. O programa disponibiliza medicamentos capazes de controlar a infecção”, explica Macedo.
Fonte: Metrópoles.