Vacinação contra a tuberculose e a varíola, na infância, pode prevenir o câncer de pele

Vacinação contra a tuberculose e a varíola, na infância, pode prevenir o câncer de pele

7 Dez 2022

por Imunovida

Sempre é uma surpresa quando a gente fala que uma determinada vacina pode trazer mais benefícios para a saúde do que “só” a proteção contra o microrganismo específico, não é mesmo? E, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha, esse também é o caso da vacina BCG que protege principalmente contra a tuberculose. Eles concluíram que as pessoas vacinadas com essa vacina contra a varíola tinham menos chance de desenvolver melanoma, o tipo de câncer de pele menos comum, porém mais grave.

MAS, CALMA, O QUE É CÂNCER DE PELE?

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, e a cada ano surgem cerca de 185 mil novos casos. De maneira bem simples, os cânceres de pele são divididos entre não melanomas e melanomas. Os não melanomas são os mais comuns na população, são menos graves e têm letalidade baixa.

Em um panorama geral, a doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Segundo a SBD, o mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente¹.

QUANTO MAIS CEDO O DIAGNÓSTICO DE MELANOMA, MAIS CHANCES DE CURA?

Sim! Sabemos que, em inúmeros tipos de doenças, o diagnóstico precoce ajuda num melhor prognóstico do tratamento, e esse também é o caso do câncer de pele. Quanto mais cedo for detectado essa “pintinha esquisita” mais efetivo é o tratamento, são menores as chances de metástase e as consequências para o organismo também são mais brandas. De acordo com a SBD, o melanoma é o tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, mas tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. No entanto, ainda que o diagnóstico de “melanoma” possa assustar os pacientes, quando há a detecção precoce, as chances de cura são de 90%!

Por isso o autocuidado e a “autoinspeção” são tão importantes! O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita. Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente, embora sejam mais comuns nas pernas, em mulheres; nos troncos, dos homens; e pescoço e rosto em ambos os sexos. Além disso, vale lembrar que uma lesão considerada “normal” para um leigo, pode ser suspeita para um médico¹.

COMO SURGE O MELANOMA?

Esse tipo de câncer é mais comum em pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol. O melanoma tem origem nos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Normalmente, surge nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar.

No início, o tratamento tem mais chances de ser bem-sucedido porque o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Só que, nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce do melanoma é fundamental.

E a causa não é só ser mais branco e tomar sol demais, não. A SBD também alerta que a hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. Hoje em dia, com o avanço da medicina, já é possível determinar as mutações que levam ao desenvolvimento do melanoma avançado (como BRAF, cKIT, NRAS, CDKN2A, CDK4) através de testes genéticos específicos. Tendo essas informações, os médicos podem decidir qual é o melhor tratamento para cada paciente. E, apesar de ser raramente curável, já é possível viver com qualidade, controlando o melanoma metastático por longo prazo¹.

E A VACINA PODE “PROTEGER” CONTRA O MELANOMA?

Aí que está, o estudo alemão, citado anteriormente, abordou 11 instituições médicas em sete países, estudando os casos de melanoma. Eles escolheram 603 pacientes diagnosticados com esse câncer e 627 outros pacientes sob controle, que não tinham câncer de pele. Isso para comparar as correspondências entre os dois grupos com relação a sexo, idade e origem étnica. Além disso, foram coletadas outras informações sobre estilo de vida dos candidatos, tipos de trabalho e exposição ao sol com proteção ou não.

Já existem vários trabalhos demonstrando a interferência da vacina BCG, a vacina de bacilo Calmette-Guérin, em outros tipos de doenças, que não são a tuberculose. No entanto, neste caso, os pesquisadores encontraram uma associação inversa entre o risco de melanoma e a BCG, junto com a vacina contra varíola, que foi representada por uma razão de chances ajustada de 0,44 para os vacinados em comparação com indivíduos sem história positiva de qualquer vacinação. Eles concluíram que a vacinação com a BCG e contra varíola podem diminuir o risco de melanoma².

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato! Não se esqueça de estar com as suas vacinas em dia. Conte com a gente para proteger você e a sua família!




Fontes:

¹ Sociedade Brasileira de Dermatologia, SBD, “Câncer de pele”. Disponível em:https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cancer-da-pele/64/

² Pfahlberg, Annette et al., The Journal of Investigative Dermatology, “Inverse association between melanoma and previous vaccinations against tuberculosis and smallpox: results of the FEBIM study.” Disponível em:DOI:10.1046/j.1523-1747.2002.00643.x

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