Existirá vacina contra DEPRESSÃO?

Existirá vacina contra DEPRESSÃO?

22 Nov 2022

por Imunovida

Nunca se falou tanto da importância de vacinas como ultimamente – durante a pandemia do Covid-19. Há alguns meses atrás, vivíamos um surto de sarampo no Brasil decorrente da baixa cobertura vacinal dos últimos anos, que muito se deve à difusão de notícias falsas e conspirativas sobre as vacinas. 

Hoje, com milhões de infectados com o novo coronavírus, o objetivo é vacinar todas as pessoas o mais rápido possível. Nunca ficou tão clara a importância que a aplicação das vacinas tem para o mundo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, vacinar é a melhor medida de saúde pública já inventada e, as vacinas atuais, evitam de 2 a 3 milhões de mortes por ano. Vacinar não só faz bem, como salva vidas.

Outro mal do século XXI (ainda de acordo com a OMS), agora já um pouco ofuscado pela ameaça viral iminente, é a depressão. Não vamos negar que as doenças psicossomáticas e mentais são um tabu na nossa sociedade, e são incompreendidas inclusive por quem sofre do problema. Especialistas apontam que a humanidade sofre uma “epidemia de depressão”, já que atinge 10% da população mundial e esse índice aumenta a cada ano. Com os níveis de estresse e ansiedade durante o isolamento social, só podemos imaginar o quanto esses distúrbios afetam – e ainda vão afetar – a população pós-pandemia. Agora, E SE houvesse uma vacina contra a depressão?

COMO ASSIM VACINA CONTRA DEPRESSÃO?

Pode parecer loucura, mas isso já foi tema de artigos científicos recentes, e muitos pesquisadores estudam a fundo essa possibilidade. Mas, antes de tudo, é preciso deixar claro que isso não seria, de fato, uma vacina, e sim uma “terapia imunomoduladora” capaz de prevenir desordens hormonais causadas por microrganismos que vivem no nosso corpo e podem levar a casos de depressão e ansiedade. Muita informação? Calma lá, a gente explica!

Nós definimos o termo “vacina” como a “administração de um material antigênico para estimular a imunidade adaptativa a um patógeno”. Isso quer dizer que, dentro de cada vacina que você toma existem partículas de microrganismos (vírus, bactérias etc.) que são capazes de sensibilizar seu sistema imunológico. Quando seu corpo fica “alerta” a essas partículas, começa a produzir anticorpos específicos para combater essas ameaças, o que leva a formação da memória imunológica. Ou seja, quando seu corpo entrar em contato com o microrganismo no ambiente, já vai estar preparado para combatê-lo e eliminar essa ameaça sem desenvolver os sintomas da doença. Isso faz parte do nosso processo de imunidade adaptativa.

Basicamente, essa “terapia imunomoduladora” sugere que se impedirmos a colonização de alguns microrganismos específicos, poderíamos dosar a quantidade de hormônios produzidos no organismo e então prevenir um possível quadro de depressão.

MAS COMO PODEM MICRORGANISMOS CAUSAREM DEPRESSÃO?

Certos microrganismos entéricos (intestinais) estão associados a quadros de depressão e estresse, demonstrados em modelos animais. Existem duas abordagens aceitas para essa afirmação. Estudos comprovam que, em camundongos, a infecção por Campylobacter jejuni, uma bactéria que também causa gastroenterite em humanos, e Citrobacter rodentium, podem ativar regiões do cérebro que são ligadas ao comportamento de ansiedade.

Outros estudos determinaram a relação entre o aumento de marcadores inflamatórios e infecção de alguns microrganismos entéricos com quadros de transtorno depressivo em humanos. A avaliação de pacientes diagnosticados com depressão mostrou uma alteração na composição da microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias gram-negativas já apontadas como influenciadoras do comportamento em modelos animais.

E COMO ESSA “VACINA” PODERIA FUNCIONAR?

Aí está o grande X da questão. Por mais que os cientistas apontem evidências que as infecções por microrganismos podem influenciar aspectos do nosso organismo associados ao comportamento de ansiedade e depressão, ainda não se sabe como exatamente isso acontece. É válido mencionar também que nem todo quadro de depressão é decorrente do desequilíbrio da microbiota intestinal. As causas da depressão são muito mais profundas e, a partir daí, abre-se um leque de possibilidades. Entretanto, não se pode negar que o aspecto inflamatório pode ser uma delas.

A proposta dos cientistas é de que essa “vacina” só seria possível se soubéssemos previamente quais microrganismos são suscetíveis a induzir transtornos mentais em humanos. A partir daí seria relativamente “fácil” criar mecanismos para que nosso corpo fosse imunizado contra esses serezinhos desprezíveis e, então, ficaríamos “vacinados” contra esse tipo de depressão. Porém, é claro que essa suposição tem inúmeros furos no percurso, portanto, o que os pesquisadores sugerem é que se invista em suplementações probióticas, usando também terapias biológicas. Ao estruturarmos de maneira adequada nossa microbiota natural, e cuidarmos dela com carinho, podemos favorecer o crescimento de microrganismos conhecidos por fazer “bem” ao nosso corpo, e, da mesma maneira, eliminamos os que causam tais tipos de desregulação, levando a quadros de depressão.

De qualquer forma, todas essas alternativas são válidas para argumentação. Nosso corpo é um universo de possibilidades, e, como todo bom cientista, quanto mais fazemos perguntas, mais perguntas teremos! É preciso cuidar de nós mesmos com carinho, e, sem dúvida, cuidar da nossa imunidade é um passo muito importante para a manutenção da saúde.

Imunovida Vacinas

Fonte:

Ricardo P. Garay, Expert Opinion on Biological Therapy, “Vaccinating against depression or anxiety: is it plausible?” Disponível em:

DOI: 10.1080/14712598.2017.1300654

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