“Ameba comedora de cérebros” causa MENINGITE. Saiba mais

1 Set 2022

por Imunovida

“Ameba comedora de cérebros” causa MENINGITE. Saiba mais

1 Set 2022

por Imunovida

Parece nome de filme de terror de quinta categoria, não é? SIM! Mas, infelizmente, a “Ameba comedora de Cérebros” é real! Esse nome foi dado à ameba de vida livre (que vive no ambiente, não necessariamente parasitando um hospedeiro) Naegleria fowleri, que foi descoberta na Austrália por volta dos anos 1960.

Desde então, houveram casos registrados em outros países, mas o recorde de notificações aconteceu, ainda hoje, no sul dos Estados Unidos. O estado da Flórida é o local com a maior concentração de casos desde o primeiro registro nos EUA em 1962. Lá foram notificadas 37 infecções, e, segundo o CDC (do inglês, Centros de Controle e Prevenção de Doenças), cerca de 145 casos no país todo. O último foi notificado, inclusive, em 3 de julho de 2020, há pouco mais de 1 mês.

Em 2018, a morte de um menino argentino de 8 anos por esse protozoário foi notificada. Ele teria sido infectado durante um mergulho na lagoa de Mar Chiquita, na província de Junín, a cerca de 320 km da capital Buenos Aires. No Brasil, até hoje houve a confirmação de apenas 1 caso de infecção pela N. fowleri, após a morte do paciente.

MAS PROTOZOÁRIOS PODEM CAUSAR MENINGITE?

Sim, na verdade, a meningite é uma doença caracterizada pela inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro. Essa inflamação é decorrente de uma infecção por algum microrganismo, seja ele vírus, bactéria, protozoário (como no caso da ameba) e, menos comumente, por fungos.

Os sintomas envolvem febre alta; dor de cabeça forte; vômitos; rigidez no pescoço e dificuldade em movimentar a cabeça; manchas vinhosas na pele; sensibilidade à luz; confusão mental; estado de desânimo, moleza; nos bebês, é comum a moleira ficar tensa ou elevada, apresentarem gemidos ao serem tocados, inquietação com choro agudo e rigidez corporal com movimentos involuntários.

COMO ESSA AMEBA “ATACA”?

Os casos de infecção pela N. fowleri ainda são raros, esse protozoário vive em temperaturas altas, em torno de 46 ° C, e ainda pode sobreviver, por curtos períodos, em ambientes ainda mais quentes. Segundo o CDC, a ameba pode ser encontrada em:

– Locais com água doce quente, como rios e lagos;

– Águas geotérmicas (naturalmente quentes), como fontes termais, ou fontes potáveis não tratadas;

– Locais com descarga industrial de água quente;

– Piscinas com manutenção deficiente ou com pouco cloro;

– Aquecedores de água;

– E no solo.

A N. fowleri não vive em águas salgadas, como o oceano. A infecção pelo microrganismo geralmente se dá quando a água contaminada entra pelo nariz da pessoa. Uma vez dentro do organismo, a ameba atinge as meninges e depois o cérebro, causando uma doença conhecida como Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP), que leva à morte em 97% dos casos.

E QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

No início, os sintomas da MAP são semelhantes aos sintomas da meningite descritos acima. No entanto, os sintomas posteriores incluem confusão; falta de atenção às pessoas e arredores; perda de equilíbrio; convulsões; alucinações. De acordo com o CDC, após o início dos sintomas, a doença progride rapidamente e geralmente causa a morte em cerca de 5 dias (variação de 1 a 12 dias). Apesar de ser muito rápido, o diagnóstico diferencial é feito através de testes específicos de laboratório.

TEM VACINA CONTRA ISSO?

Não existe nenhuma vacina contra esse protozoário, mas contra a meningite bacteriana (que causa doença meningocócica) tem sim!

– Vacina Meningocócica B: essa vacina inativada oferece proteção contra o meningococo do tipo B. São recomendadas quatro doses para crianças, sendo as três primeiras aos 3, 5 e 7 meses e a última entre 12 e 15 meses; para os adolescentes não vacinados são indicadas duas doses com intervalo de um mês.

– Vacina Meningocócica C conjugada: esta vacina, também inativada, protege contra o tipo C da bactéria. Ela é recomendada para crianças (aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses), adolescentes (duas doses com intervalo de cinco anos) e adultos (em situações que justifiquem, tomar uma única dose).

– Vacina Meningocócica conjugada quadrivalente – ACWY: por meio de uma única vacina, é possível prevenir a doença meningocócica causada pelos quatro tipos de meningococo. Para crianças, a vacinação deve iniciar aos 3 meses de idade, com três doses no primeiro ano de vida e reforços aos 12 meses, 5 anos e 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam essa vacina, são indicadas duas doses com intervalo de cinco anos.

A SBIm recomenda que a vacina ACWY seja a preferida para crianças, adolescentes e adultos, pois é mais completa. Entretanto, em todas essas faixas etárias, na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a meningocócica C.

De qualquer jeito o melhor é se prevenir, tomar as vacinas necessárias e evitar nadar em lagoas ou piscinas desconhecidas!

Imunovida Vacinas

Fonte: Centers for Disease Control and Prevention, CDC, “Amebic Meningitis”. Disponível em: https://www.cdc.gov/meningitis/amebic.html  

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