Realmente, esse é o tempo ideal para demonstrarmos a importância da vacinação, já que nunca esperamos tão ansiosamente por uma vacina, como pela vacina contra o novo coronavírus. Mas essa “importância” toda não se restringe só ao coronavírus não, muito pelo contrário! Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as vacinas são a maneira mais eficaz de prevenir doenças e um dos maiores avanços nas medidas de saúde pública mundiais. Afinal, várias doenças extremamente graves foram erradicadas por causa da vacina, como a varíola, por exemplo, que desde 8 de maio de 1980 foi considerada erradicada.
As vacinas atuam diretamente no nosso sistema imunológico, criando anticorpos de memória contra microrganismos específicos. Mas, segundo cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, em um trabalho analisando dados globais do Programa Expandido de Imunização da Organização Mundial da Saúde, a administração de vacinas também está ligada à diminuição do uso de antibióticos em crianças, principalmente em países mais pobres, em que a taxa do surgimento de microrganismos resistentes é maior.
QUER DIZER TOMAR VACINAS DIMINUI O USO DE ANTIBIÓTICOS?
De acordo com os dados dessa pesquisa, sim. Os pesquisadores alegam que o mecanismo dos efeitos da vacinação no consumo de antibióticos permanecem pouco compreendidos. Entretanto, os dados do acompanhamento dos pacientes do Programa Expandido de Imunização da OMS mostraram uma diminuição significativa do consumo de antibióticos entre crianças menores de cinco anos de idade.
E ISSO ACONTECE COM TODAS AS VACINAS?
Todas as vacinas produzem, obviamente, uma resposta imunológica, ou seja, interferem no mecanismo do sistema imune de cada indivíduo. Este estudo priorizou as vacinas pneumocócicas conjugadas e as vacinas vivas atenuadas contra rotavírus pois infecção respiratória aguda e diarreia são as principais causas do uso de antibióticos em crianças nos países de baixa e média renda. Foram analisados dados em larga escala de famílias do programa vacinal da OMS, e eles estimaram que as vacinas pneumocócicas e as contra rotavírus conferem 19,7% e 11,4%, respectivamente, de prevenção do uso de antibióticos. Os cientistas levaram em consideração as drogas usadas para tratar infecção respiratória aguda e diarreia em crianças na faixa etária que apresentam uma maior carga da doença, ou seja, em idades cuja essas doenças podem trazer maior risco para o organismo, inclusive de morte.
Atualmente, as vacinas contra pneumococos e rotavírus previnem 23,8 milhões e 13,6 milhões de casos de doenças tratadas com antibióticos, respectivamente, entre crianças menores de cinco anos de idade em países de baixa e média renda por ano. Os pesquisadores afirmaram que se fossem atingidas as metas de cobertura vacinal atribuídas mundialmente pela OMS, essas vacinas poderiam evitar 40,0 milhões de casos de doenças tratadas com antibióticos. Isso mostra que, além da proteção contra o microrganismo em si, a vacinação também é uma estratégia global de combate à resistência antimicrobiana.
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Pois é, a vacinação pode trazer mais benefícios do que imaginamos! Mas como anda o seu calendário vacinal? Esse é mais um motivo para manter as vacinas de toda a família em dia.
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| Imunovida Vacinas |
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Fonte:
Lewnard, J.A., Lo, N.C., Arinaminpathy, N. et al., Nature, “Childhood vaccines and antibiotic use in low- and middle-income countries.” Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41586-020-2238-4
